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quarta-feira, 29 de abril de 2015
07:10

Medidas efetivas de combate a corrupção...


Vejo que pouco se discutem ações efetivas de combate à corrupção. Infelizmente pouco se sabe sobre a verdadeira função de cada um nesse processo de fiscalização. A meu ver acredito que tudo está relacionado à falta de conhecimento das funções a que cabe a cada um, mas percebo que há uma grande dificuldade em relacionar as atribuições e efetivamente cumpri-las.

Talvez não tenha ficado claro o que quis dizer, mas isso está muito relacionado com as propostas de governo. Todo candidato tem que elaborar seu plano de governo pra poder concorrer nas eleições, alguns fazem o mais genérico possível, outros mais detalhados, mas percebo que os eleitores pouco se preocupam com isso. Aliás, cabe uma pergunta, quantos já leram o plano de governo do seu candidato?

Acredito que os 3 poderes falham em suas funções. O poder executivo falha ao não executar suas funções adequadamente, por vezes por falta de orçamento, ou por falta de interesse político, mas de qualquer forma acaba sofrendo pouca pressão pra cumprir o seu plano de governo (coisa que devia ser obrigação, o não cumprimento das propostas deveria ser devidamente justificado e sem justificativa configuraria "estelionato"), digo isto porque vejo que a maior parte das reclamações se baseia em "interesses pessoais" (típica de uma cidade com uma política essencialmente assistencialista) e os interesses coletivos acabam ficando em segundo plano. Já o poder legislativo falha por não acompanhar de perto esse plano de governo, vemos que a maioria dos legisladores pouco se importam com isso,preferem gastar seu tempo fazendo sua atuação baseada em interesses próprios e esquecem o que foi prometido nas eleições, até mesmo o órgão auxiliar do legislativo, os Tribunais de Contas, não fiscalizam esse cumprimento (talvez por ser um órgão técnico, mas que poderia nos servir de exemplo). E ainda temos o judiciário, que deveria cobrar responsabilidades quando esses planos de governo são deixados de lado enquanto ocorrem diversos outros atos que não foram autorizados pela população (a proposta de governo é uma autorização que o povo dá a quem exercerá o poder), o judiciário mesmo exigindo de todos os candidatos a formalização desses planos no papel, pouco faz pra que ele efetivamente seja cumprido e não seja uma mera formalidade legal. Por fim cabe lembrar que "o poder emana do povo", não nos cabe apenas assumir a condições de observadores da atuação de quaisquer dos 3 poderes, percebo infelizmente que a população pouco sabe dos seus direitos e acaba exigindo coisas que nem ao menos são competências do poder público e tampouco fazem parte do plano de governo do candidato eleito, claro que muitas coisas surgem no dia-a-dia e isso faz com que o governo muitas vezes mude planos, mas propostas devem ser mais do que meras linhas de um papel, falta objetividade pra que isso mude e a gente consiga buscar a verdadeira boa política.

Tudo isso que falei se encaixa tanto a nível municipal, quanto estadual e federal. Vemos claramente isso porque na maioria das vezes os candidatos são reeleitos mesmo sem ter cumprido suas propostas. Isso é culpa de nossa cultura pouco voltada para a fiscalização e mais voltada para o assistencialismo e interesses próprios. Acho difícil isso mudar a curto prazo, mas com uma boa interligação dos 3 poderes e a população acredito que podemos mudar, creio que que a reforma política poderia ser um "start" dessa mudança.

07/12/2014

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